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segunda-feira, 15 de março de 2010

PETRÓLEO (rochas geradoras)

Aos prezados alunos do IFRJ

UMA HISTÓRIA CONTADA EM MILHÕES DE ANOS

As condições para aparecimento do petróleo foram reunidas pela natureza num trabalho de milhões de anos. Estima-se que as jazidas petrolíferas mais novas têm menos de dois milhões de anos, enquanto as mais antigas estão em reservatórios com cerca de 500 milhões de anos. Mas como isto ocorreu? Durante alguns intervalos do tempo geológico da longa história da Terra, uma enorme massa de organismos vegetais e animais foi, pouco a pouco, depositando-se no fundo dos mares e lagos. Pela ação do calor e da pressão provocada pelo seguido empilhamento de camadas, esses depósitos orgânicos transformaram-se, mediante reações termoquímicas, em óleo e gás. Essas substâncias orgânicas são formadas pela combinação de moléculas de carbono e hidrogênio, em níveis variáveis. Por isso, o petróleo (óleo e gás) é definido como uma mistura complexa de hidrocarbonetos gasosos, líquidos e sólidos.

O petróleo é uma substância menos densa que a água, e pode variar tanto do ponto de vista de sua composição química - petróleos de base parafínica, naftênica ou mista - como em relação a seu aspecto. Alguns são fluidos, de cor clara, outros são viscosos, com tonalidades que vão do castanho-escuro ao preto, passando pelo verde.


COMO ÁGUA NUMA ESPONJA

Ao contrário do que muita gente acredita, numa jazida, o petróleo, normalmente, não se encontra sob a forma de bolsões ou lençóis subterrâneos, mas nos poros ou fraturas das rochas, o que pode ser comparado à imagem de uma esponja encharcada de água. Para seu processo de formação, é indispensável a existência de uma bacia sedimentar. São depressões da crosta terrestre preenchidas por sedimentos que se transformaram em rochas sedimentares, no decorrer de milhões de anos.

O petróleo não se acumula na rocha onde foi gerado, chamada rocha-geradora, mas migra através das rochas porosas e permeáveis em direção às áreas com menor pressão, até encontrar uma camada impermeável que bloqueie o seu escapamento para a superfície. Chamam-se rocha-reservatório a rocha armazenadora do petróleo, e trapas, alçapões ou armadilhas os obstáculos naturais que impedem a sua migração para zonas de pressões ainda mais baixas. Os geólogos acreditam que grande parte do petróleo gerado se perdeu na superfície, por falta desses obstáculos. Quando retido, o petróleo pode se armazenar em reservatórios que estão localizados desde próximos à superfície até a profundidades superiores a 5.000 metros.

Assim, para que o petróleo seja encontrado, é necessária a combinação de todos esses fatores, numa relação de tempo e espaço perfeita: existência de uma bacia sedimentar - embora nem todas possuam acumulações comerciais de óleo ou gás - e existência de rochas geradoras, rochas-reservatório e rochas impermeáveis, em adequada associação. A ausência de uma dessas condições, ao longo do processo geológico, eliminou a possibilidade de existência de acumulações de petróleo em muitas áreas sedimentares do mundo, ou acarretou sua presença em quantidades tão pequenas que não compensam a exploração comercial.

O gás, aliás, merece um capítulo à parte. Ele pode ser considerado um irmão gêmeo do petróleo porque, na verdade, é a porção do petróleo que se encontra na natureza na fase gasosa. Pode sair do poço sozinho ou associado ao óleo, gerando subprodutos com diferentes características, segundo o aproveitamento de seus componentes.

Durante muito tempo, atividades de perfuração voltadas exclusivamente para encontrar o petróleo contribuíram para que o gás natural fosse visto como produto inferior, uma espécie de primo pobre do petróleo. Porém, na década de 70, ele passou a ser usado como combustível alternativo, substituindo derivados, numa tendência estimulada pelas crises internacionais que aumentaram muito os preços do óleo cru nos mercados mundiais.

Hoje, o gás é considerado um combustível nobre, por causa das muitas vantagens decorrentes de sua utilização, sejam econômicas, ambientais e de processo sobre outros combustíveis. Entre essas vantagens, podem ser citadas a preservação da qualidade do ar, a possibilidade de substituir qualquer fonte de energia convencional e o fato de ser um produto acabado - já está pronto para a utilização, quando extraído - , não necessitando de estoques e permitindo redução de custos. Na indústria, o emprego do gás representa redução de despesas com manutenção de equipamentos, porque a queima completa do gás não deixa resíduos nos fornos e caldeiras. Há, também, comprovada melhoria de rendimento dos equipamentos em relação ao óleo combustível - sem falar na diminuição dos gastos com transporte, porque o gás é entregue diretamente através de dutos, a partir das fontes de produção.

Uma aplicação do gás que vem sendo incentivada é como combustível automotivo. É o Gás Natural Comprimido, utilizado em frotas de ônibus urbanos e táxis, que permite a redução à metade da emissão de gases poluentes. Além disso, é um combustível mais barato e aumenta a vida útil dos veículos.

Outro uso para o gás natural que está sendo muito estimulado pelo governo é em usinas termelétricas. Atualmente, a Petrobras participa, associada à iniciativa privada, de 23 projetos de construção de termelétricas, de norte a sul do Brasil, que deverão entrar em operação entre 2001 e 2004. Destes projetos, 12 são de usinas produtoras apenas de energia elétrica. Os outros serão destinados à co-geração, ou seja, vão produzir energia elétrica e vapor, utilizado no processo industrial das unidades da Petrobras, principalmente nas refinarias. Comparadas às hidrelétricas, as termelétricas oferecem muitas vantagens, desde o menor prazo de construção aos menores custos de implantação, além de poderem ser instaladas próximas aos centros de consumo, barateando a distribuição da energia produzida. As termelétricas a gás natural representam, portanto, economia sem poluição.


PEQUENOS PAÍSES GRANDES RESERVAS

Condições geológicas tão especiais determinaram a distribuição do petróleo de maneira bastante irregular na superfície terrestre. Existem no mundo alguns pólos de petróleo, ou seja, regiões que reuniram características excepcionais para seu aparecimento. O maior exemplo é o Oriente Médio, onde estão cerca de 65% das reservas mundiais de óleo e 36% das de gás natural. É interessante notar que as maiores reservas de petróleo do mundo estão em países de pequena extensão territorial. Isso demonstra que, como qualquer recurso mineral, a distribuição de jazidas de petróleo não tem relação com o tamanho do país ou seu grau de desenvolvimento, mas depende somente de fatores controlados pela natureza.

No Brasil, grandes estados, como o Maranhão e o Pará, apesar de possuírem bacias sedimentares e de já terem passado por vários processos exploratórios, ainda têm pouca ou nenhuma reserva de petróleo. A maior parte de nossas reservas (cerca de 85%) está localizada no mar, na Bacia de Campos, em frente ao Estado do Rio de Janeiro, um dos menores do país. Ao final de 2002, as reservas provadas de óleo, condensado e gás natural alcançavam 11,01 bilhões de barris de óleo equivalente, com aumento de 14% sobre o ano anterior.

2 comentários:

  1. Boa tarde professor, poderia me informar a bibliografia dessa matéria a cima?
    GRATA!

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  2. PARTE FOI RETIRADA DE UMA APOSTILA DE UM PROFESSOR DO IFRJ. ACRESCENTEI ALGUNS COMENTÁRIOS MEUS !
    DISPONHA EM ME LIGAR 21-9144-1125

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