IFRJ /
Campus Dq. Caxias / IPI
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ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)
Em
todas as grandes cidades do mundo a água oferecida à população é submetida a
uma série de tratamentos apropriados que vão reduzir a concentração de
poluentes até o ponto em que não apresentem riscos para a saúde. Cada etapa do
tratamento representa um obstáculo à transmissão de infecções.
A primeira dessas etapas é a COAGULAÇÃO,
quando a água bruta recebe, logo ao entrar na estação de tratamento, uma
dosagem de sulfato de alumínio. Este elemento faz com que as partículas de
sujeira iniciem um processo de união.
Segue-se
a FLOCULAÇÃO, quando, em tanques de concreto, continua o
processo de aglutinação das impurezas, na água em movimento.
A água entra em outros tanques, onde vai ocorrer
a DECANTAÇÃO. As impurezas, que se aglutinaram e formaram
flocos, vão se separar da água pela ação da gravidade, indo para o fundo dos
tanques ou ficando presas em suas paredes.
A próxima etapa é a FILTRAÇÃO,
quando a água passa por grandes filtros com camadas de seixos (pedra de rio) e
de areia, com granulações diversas e carvão antracitoso (carvão mineral). Aí
ficarão retidas as impurezas que passaram pelas fases anteriores.
A água neste ponto já é potável, mas para maior
proteção contra o risco de infecções de origem hídrica, é feito o processo
de DESINFECÇÃO. É a cloração, para eliminar germes nocivos à
saúde e garantir a qualidade da água até a torneira do consumidor. Nesse
processo pode ser usado o hipoclorito de sódio, cloro gasoso ou dióxido de
cloro.
O passo seguinte é a FLUORETAÇÃO,
quando será adicionado fluossilicato de sódio ou ácido fluorssilícico em
dosagens adequadas. A função disso é previnir e reduzir a incidência de cárie
dentária, especialmente nos consumidores de zero a 14 anos de idade, período de
formação dos dentes.
A última ação nesse processo de tratamento da água é a CORREÇÃO de pH, quando é adicionado cal hidratado ou barrilha leve (carbonato de sódio) para uma neutralização adequada à proteção da tubulação da rede e da residência dos usuários.
Entre a entrada da água bruta na ETA e sua saída, já potável, decorrem cerca de 30 minutos.
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE)
O
tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo, principalmente: remover o
material sólido; reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar
micro-organismos patogênicos; reduzir as substâncias químicas indesejáveis.
As diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das eficiências dos tratamentos que proporciona. Assim temos:
Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de gorduras e remoção de areia.
Tratamento
primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e secagem do
lodo.
Tratamento
secundário: tratamento primário, tratamento biológico, decantação secundária e
desinfecção.
O tratamento
de esgoto é uma medida de saneamento básico tendo como objetivo
acelerar o processo de purificação da água antes de ser devolvida ao meio
ambiente ou reutilizada. A origem dessa água poluída se dá através da rede de
esgoto proveniente de residências, comércios e indústrias.
As
unidades de tratamento são conhecida como ETE (Estação de Tratamento de
Esgoto), onde a água suja passa por vários tipos de tratamento podendo
variar de empresa para empresa. A seguir, as etapas de tratamento da empresa
Sabesp que atua no estado de São Paulo:
- Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA): a água poluída passa por um reator fechado,
onde ocorre a decomposição dos dejetos pelas bactérias anaeróbicas
presentes em um lodo. A despoluição da água nesta etapa é de 65% a 75%.
- Lagoa facultativa: são utilizadas bactérias aeróbias e
anaeróbicas, onde as aeróbias utilizam da fotossíntese e o oxigênio para
oxidar as matérias orgânicas, atuando na coluna d’água para captar
oxigênio da atmosfera e
das algas que através da fotossíntese liberam a maior parte do oxigênio.
Já as anaeróbicas atuam no fundo da lagoa, de 1,5 a 3 metros de
profundidade.
- Lagoa anaeróbia: para reduzir a incidência de luz, esta lagoa
deve medir 2,5 a 4 metros de profundidade. Uma grande quantidade de
matéria orgânica e adicionada, para que o oxigênio consumido esteja em
maior quantidade em relação ao produzido. Esta ação acarreta na quebra da
matéria orgânica, para ser convertida em água, gás metano e carbônico.
- Baias e valas de infiltração: Nesta etapa a água passa por um filtro
subterrâneo constituído por rochas e areia.
- Flotação: é adicionado uma substância coagulante na água, que sofre um
processo de pressurização, gerando bolhas que unem as partículas
que flutuam na superfície.
- Lagoa de maturação: a água passa por um processo de eliminação
de bactérias e vírus através da radiação ultravioleta da luz solar.
Portanto a lagoa deve ser rasa, com profundidade de 0,5 a 2,5 metros.
Questionário:
1) Qual a diferença entre uma ETA e uma
ETE ?
2) Qual a importância destas estações de
tratamento ?
3) Onde existe mais água no planeta; Nos
mares e oceanos ou nos rios ?
4) De onde é obtida a água que bebemos ?
5) Qual a razão de não ser montada uma
estação de tratamento de águas (ETA) a partir da água dos mares e oceanos ?
Explicar.
6) O que é COAGULAÇÃO ?
7) O que é FLOCULAÇÃO ?
8) Que outras ETAPAS existem numa ETA ?
Explicar estas etapas.
9) Numa ETE existem três tratamentos:
preliminar, primário e secundário. Quais as diferenças entre estes tratamentos
?
10) Como são eliminadas as bactérias e os
fungos numa ETE ?
11) Entre as etapas de uma ETA, quais se
tratam de um processo químico ?
Justificar.
12) Fazer um fluxograma simples de uma ETA.
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